Começou como uma brincadeira. Telefonou para um conhecido e disse: – Eu sei de tudo. Depois de um silêncio, o outro disse: – Como é que você soube? – Não interessa. Sei de tudo. – Me faz um favor. Não espalha. – Vou pensar. – Por amor de Deus. – Está bem. Mas olhe lá, hein? Descobriu que tinha poder sobre as pessoas. – Sei de tudo. – Co- como? – Sei de tudo. – Tudo o quê? – Você sabe. – Mas é impossível. Como é que você descobriu? A reação das pessoas variava. Algumas perguntavam em seguida: – Alguém mais sabe? Outras se tornavam agressivas: – Está bem, você sabe. E daí? – Daí nada. Só queria que você soubesse que eu sei. – Se você contar para alguém, eu… – Depende de você. – De mim, como? – Se você andar na linha, eu não conto. – Certo. Uma vez, parecia ter encontrado um inocente. – Eu sei de tudo. – Tudo o quê? – Você sabe. – Não sei. O que é que você sabe? – Não se faz de inocente. – Mas eu realmente não sei. – Vem com...
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