Conflitos no Egito se intensificam e deixam ao menos cinco mortos
SÃO PAULO – Os confrontos no Egito entre oposicionistas e partidários do presidente Hosni Mubarak se intensificaram nesta quinta-feira, deixando ao menos cinco mortos e 800 feridos. A Praça Tahrir, no Cairo, palco das manifestações que já duram dez dias, desde ontem se transformou em cenário de guerra, com manifestantes armados a pedras e paus e tiros sendo ouvidos em meio à multidão.
Há rumores de que policiais estão infiltrados no grupo de apoio ao presidente egípcio. O Ministério do Interior nega ter enviado policiais à paisana. O exército, que se comprometeu a não intervir, reforçou o patrulhamento para tentar evitar novas vítimas.
Os manifestantes afirmam que só colocarão fim aos protestos quando Mubarak renunciar ao poder. Há três décadas ele responde pelo Estado egípcio.
As pressões internacionais para que Mubarak promova a transição imediata para um novo governo estão aumentando. França, Reino Unido, Alemanha e Turquia reforçaram o pedido já feito pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Vários países promoveram programas para a retirada de seus cidadãos de solo egípcio, e os Estados Unidos ordenaram que apenas os funcionários do governo ligados a questões essenciais permanecessem no país.
O Nobel da Paz e líder oposicionista Mohamed ElBaradei disse esperar que Mubarak deixe o cargo até amanhã, quando estão programadas novas manifestações contra o governo, na chamada "Sexta-feira da Partida". A expectativa é de que, como no início da semana, mais de um milhão de pessoas se reúnam contra o presidente egípcio.
Valor, com agências internacionais)
http://www.valoronline.com.br/online/geral/93/378579/conflitos-no-egito-se-intensificam-e-deixam-ao-menos-cinco-mortos
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